Ok, o trabalho híbrido se tornou o padrão para muitas empresas. E com ele, surgiram desafios bem cabeludos: como engajar uma equipe que, na prática, raramente está junta? Como criar experiências consistentes para colaboradores presenciais, remotos e híbridos sem que ninguém se sinta em desvantagem?
Essas perguntas não são triviais, e a resposta para elas passa por um ponto fundamental: dados. Sem entender como os colaboradores percebem o modelo híbrido, qualquer tentativa de engajamento corre o risco de ser apenas superficial.
O impacto do híbrido na experiência do colaborador
O modelo híbrido trouxe vantagens inegáveis, como maior flexibilidade. No entanto, também introduziu novos problemas:
- Desconexão emocional: Colaboradores remotos tendem a se sentir menos conectados à equipe.
- Falta de alinhamento: Diferentes rotinas e formas de trabalho dificultam a colaboração entre times.
- Percepção de desigualdade: Quem trabalha presencialmente pode sentir que “carrega mais peso” do que quem está remoto, e vice-versa.
Esses desafios não são insuperáveis, mas exigem uma abordagem focada em experiências específicas para cada grupo.
Como construir experiências no modelo híbrido?
Para criar experiências engajadoras, o primeiro passo é ouvir os colaboradores. Pergunte, com dados estruturados, como eles percebem sua rotina de trabalho, quais são os desafios e o que poderia melhorar. Depois, aja sobre as respostas. Algumas ideias:
- Rotinas de integração híbridas: Organize reuniões e eventos que sejam verdadeiramente inclusivos para todos, independentemente de onde estejam. Não é simples, mas existem muitas alternativas.
- Feedback regular: Incentive gestores a agendar check-ins individuais e coletivos para entender as necessidades de cada membro da equipe. E lembre-se que o que as pessoas precisam, é que seus pontos fortes sejam reconhecidos.
- Ferramentas adequadas: Certifique-se de que todos tenham acesso aos recursos necessários para trabalhar de forma eficiente, onde quer que estejam, portanto, invista em ferramentas.
- Valorização equitativa: Crie políticas que reconheçam esforços de forma justa, seja no escritório ou em casa. Valorização é percepção, logo o contexto, a forma e o momento devem ser levados em consideração.
O papel do gestor no modelo híbrido
Mais do que nunca, os líderes têm um papel essencial em moldar as experiências ricas. Um bom líder deve saber equilibrar as interações entre os grupos e reforçar os valores da empresa de maneira consistente, através de intervenções no dia a dia, que façam sentido para cada um da equipe (isso não é um lugar aonde se chega, é um caminho cheio de acertos e erros). Exige escuta ativa, comunicação clara e uma boa dose de experimentação.
Medindo o sucesso
Como saber se as iniciativas estão funcionando? Volte aos dados. Pesquisas de engajamento e clima podem ser ajustadas para incluir perguntas específicas sobre o modelo híbrido, como a percepção de colaboração, alinhamento e senso de pertencimento. A partir daí, ajuste suas estratégias.
E quer conversar sobre isso? Vai ser um prazer!
Maria Paula Ribeiro
Head Comercial
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